Durante a antiguidade, os povos usaram várias formas de comunicação escrita, como vimos na postagem anterior (Jornal ), após as escritas em pedras outros meios foram sendo encontrados para facilitar o dia a dia, na Índia, por exemplo, usavam as folhas de palmeiras, os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga e posteriormente em bambu e seda, na Mesopotâmia usavam barro. As matérias primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho. O papiro, foi inventado pelos egípcios, que era feito de uma planta de nome Papirus (Ciperos Papyrus), que originou o nome. Os egípcios extraíam de seu caule uma massa branca e esponjosa cortavam em filetes finos, sobrepunham e cruzavam embebendo após este processo em água com vinagre, colocavam entre panos de algodão ou linho e prensavam durante seis dias até que estivessem secos. Mercadores se encarregaram de espalhar o Papiro por toda a África (dados da Wikipédia – Enciclopédia), mas o Papiro era muito frágil (apesar de muitos terem sobrevivido até os dias de hoje), e acabava se deteriorando com o tempo, surgindo assim uma nova forma de comunicação escrita através de Pergaminhos. (dados da Wikipédia – Enciclopédia)
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(dados O Satélite –II Capítulo - Antônio F. Costella)..
Na verdade, foram encontrados registros de escrita em couro de animais muito antes no século II a.C, encontrados na Pérsia por Ctesias em 401, mas foi Pérgamos quem aperfeiçoou a técnica para receber a escrita. (Segundo Anônio F. Costella).
A Europa passou a usar, além do Papiro, o Pergaminho que, mesmo sendo mais caro, serviria durante séculos e seria seu único material de escrita apartir do século VIII, quando o bloqueio árabe do Mediterrâneo fez desaparecer o comércio do Papiro (dados O Satélite –II Capítulo - Antônio F. Costella).
Figura II - Pergaminho - Imagem: imwaustin.com.br
Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga e posteriormente com bambu e seda.
Estes dois últimos antecederam a descoberta do papel. Os Maias e os Astecas guardavam seus livros de matemática, astronomia e medicina em cascas de árvores, chamadas de "tonalamatl".
Estes dois últimos antecederam a descoberta do papel. Os Maias e os Astecas guardavam seus livros de matemática, astronomia e medicina em cascas de árvores, chamadas de "tonalamatl".
Imagem III - Parte de casco encontrado na China. Fonte: CSF
Os primeiros moinhos papeleiros europeus localizaram-se na Espanha, em Xativa e Toledo (1085). Ao mesmo tempo via Sicilia ou Palestina, o papel foi introduzido na Itália. Depois em 1184 chegou a França e então lentamente outros países começaram a estabelecer suas manufaturas nacionais. Na América foi introduzido pelos colonizadores e no Brasil em 1809. A sua produção se deu desde então a nível industrial.
Imagem IV - Moinho Papeleiro - Imagem: Blogger Bola Mágica
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Imagem V - Tablete de argila mesopotâmico. Foto: The British Museum
Imagem VI - Tonalamatl (Escrita em casca de árvore) - Fonte Naturlynk
Imagem VII - Papel feito por meio de polpação de redes - Fonte Bookes
A palavra papel é originária do latim "papyrus". Nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como já referido, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Os chineses foram os primeiros a fabricarem o papel como o atual. Por volta do século VI a.C. os chineses começaram a produzir um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. O papel produzido após a proclamação da invenção, diferenciava-se desse, unicamente pela matéria prima utilizada.
A maioria dos historiadores concorda em atribuir a T'sai Lun, um oficial da Corte Imperial Chinesa (150 d.C.) a primazia de ter feito papel por meio de polpação de redes de pesca e de trapos e mais tarde usado vegetais. Esta técnica foi mantida em segredo pelos chineses durante quase 600 anos. O uso do papel estendeu-se até os confins do Império Chinês, acompanhando as rotas comerciais das grandes caravanas. Até então a difusão da fabricação do papel foi lenta. Tudo parece indicar que a partir do ano 751 (d.C), quando os árabes, instalados em Samarkanda, grande entreposto das caravanas provenientes da China, aprisionaram 2 chineses que conheciam a arte do papel e a trocaram pela sua liberdade. Dai então foi possível a quebra do monopólio chinês com o início da produção de papel em Bagdá (795 d.C.). A partir daquele momento a difusão do conhecimento sobre a produção do papel artesanal acompanhou a expansão muçulmana ao longo da costa norte da África ate a Península Ibérica.
No fim do século XVI, os holandeses inventaram uma máquina que permitia desfazer trapos desintegrando-os até o estado de fibra. O uso dessa máquina que passou a chamar-se de "holandesa", foi se propagando e chegou até os nossos dias sem que os sucessivos aperfeiçoamentos tenham modificado a sua idéia básica.
Imagem VIII- Máquina Holandesa de papel - Imagem: Portal São Francisco
No fim do século XVIII, a revolução industrial amenizou a constante escassez de matéria prima para a indústria de papel e aumentou a demanda criando um mercado com grande poder de consumo. Em fins do século XVIII e princípios do século XIX a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira.
Apenas em 1719, o francês Reamur sugeriu o uso da madeira, em vez dos trapos, pois existia uma forte concorrência entre as fábricas de papel e a indústria têxtil, o que dificultava a obtenção e encarecia a principal matéria prima usada na época: o algodão e o linho.
Ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir uma substância semelhante ao papel na contrução dos seus ninhos, Reamur percebeu que a madeira seria uma matéria prima alternativa. Mas apenas em 1850 foi desenvolvida uma máquina para moer madeira e transformá-la em fibras.
As fibras eram separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como "pasta mecânica" de celulose. Em 1854 é descoberto na Inglaterra um processo de produção de pasta celulósica através de tratamento com produtos químicos, surgindo a primeira "pasta química". A partir daqui, a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira (dados Portal São Francisco).
Imagem IX - Máquinas de Fabricação de Papel apartir da madeira - Imagem: Portal São Francisco)
Há aproximadamente 15, 20 anos é que no Brasil, artistas plásticos vêem resgatando e difundindo as técnicas de produção do papel artesanal (dados http://robertosales.br.tripod.com/interest.htm)
Ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir uma substância semelhante ao papel na contrução dos seus ninhos, Reamur percebeu que a madeira seria uma matéria prima alternativa. Mas apenas em 1850 foi desenvolvida uma máquina para moer madeira e transformá-la em fibras.
As fibras eram separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como "pasta mecânica" de celulose. Em 1854 é descoberto na Inglaterra um processo de produção de pasta celulósica através de tratamento com produtos químicos, surgindo a primeira "pasta química". A partir daqui, a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira (dados Portal São Francisco).
Imagem IX - Máquinas de Fabricação de Papel apartir da madeira - Imagem: Portal São Francisco)
Há aproximadamente 15, 20 anos é que no Brasil, artistas plásticos vêem resgatando e difundindo as técnicas de produção do papel artesanal (dados http://robertosales.br.tripod.com/interest.htm)
Imagem X - Papel feito hoje com a madeira principal matéria prima - Imagem: Wiki 2 Buy
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