Este Blog é direcionado para postgens para a diciplina "Tecnologia da Comunicação" (UCS), mas também a olhares de curiosos que apreciam o conhecimento... Bom passeio...
Twitter, Facebook, Orkut, e-mail, SMS de celular... Nossa! Há tantas formas de comunicação nos dias de hoje, rápidos, fáceis, em um minutos você está registrando um momento através de uma fotografia, segundos depois sua foto está sendo vista no mundo inteiro, com apenas um “clik” o mundo inteiro está conectado através das redes. Hoje, pessoas exteriorizam sua ira se “aquele” e-mail não foi enviado, ou se “aquela mensagem” não foi respondida.
E o Correio? Durante muito tempo, o Correio era a forma de comunicação mais rápida entre um ponto e outro, dias e dias passavam-se antes da informação chegar ao seu destino.
O Serviço Postal Brasileiro teve seu início simbólico em 1500 com a carta envida por Pedro Vaz de Caminha, informando sobre as novas terras, foi destinada ao rei de Portugal D. Manoel I. A ETC foi criada em 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações, mediante a transformação da Autarquia Federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT). A mudança não foi apenas no nome, representou uma mudança no modelo de gestão do setor postal brasileiro, tornando-se eficiente e uma marca reconhecida como patrimônio nacional (dados www.correios.com.br/institucional).
Comunicação através de documentos escritos carregados por um intermediário até outro lugar certamente data-se anteriormente a invenção da escrita. Contudo, o desenvolvimento formal do sistema postal ocorreu muito depois. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Correio#Hist.C3.B3ria)
A chegada da Tecnologia não atrapalhou a vida dos Correios, apesar da facilidade de um e-mail ou SMS, existem coisas que só o Correio pode fazer, a tecnologia veio acrescentar ao sistema que hoje é muito mais rápido. Envio de Documentos Originais com assinaturas e carimbos, compras pela internet podem ser entregues pelo Correio mais uma vantagem que a tecnologia trouxe, malotes, e todo tipo de coisa que se pode imaginar, onde não há acesso a Internet ainda existem as cartinhas que alegram os dias. Ainda não inventaram um sistema de teletransporte para um envio mais rápido de certas coisas, mas em um futuro próximo quem sabe, mas até lá os Correios vem se atulizando, ficando cada vez mais eficiente e indispensável. O Correio de hoje também é eletrônicos, você não precisa sair de sua casa para que sua encomenda atravesse o continente, pode-se fazer um pedido ao pagamento on-line. Você confere uma série de curiosidades o que mostra que o Correio está inovando e acompanhando o crescimento tecnologico. Quando inventarem a "tal máquina de teletransporte"certamente o Correio será o primeiro a usufruir de seus benefícios.
Durante a antiguidade, os povos usaram várias formas de comunicação escrita, como vimos na postagem anterior (Jornal ), após as escritas em pedras outros meios foram sendo encontrados para facilitar o dia a dia, na Índia, por exemplo, usavam as folhas de palmeiras, os esquimós utilizavam ossos de baleia e dentes de foca. Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga e posteriormente em bambu e seda, na Mesopotâmia usavam barro. As matérias primas mais famosas e próximas do papel foram o papiro e o pergaminho. O papiro, foi inventado pelos egípcios, que era feito de uma planta de nome Papirus (Ciperos Papyrus), que originou o nome. Os egípcios extraíam de seu caule uma massa branca e esponjosa cortavam em filetes finos, sobrepunham e cruzavam embebendo após este processo em água com vinagre, colocavam entre panos de algodão ou linho e prensavam durante seis dias até que estivessem secos. Mercadores se encarregaram de espalhar o Papiro por toda a África (dados da Wikipédia – Enciclopédia), mas o Papiro era muito frágil (apesar de muitos terem sobrevivido até os dias de hoje), e acabava se deteriorando com o tempo, surgindo assim uma nova forma de comunicação escrita através de Pergaminhos. (dados da Wikipédia – Enciclopédia)
Imagem I - Papiro - Imagem: esab.ipbeja.pt
Há uma curiosidade sobre este fato que diz que Eucumenes II, rei de Pérgamo, tentou atrair ao seu reino o principal poeta da Biblioteca de Alexandria, pois queria desenvolver um centro de estudos. Os faraós do Egito viram isto como um risco a sua supremacia em represaria proibiu a venda do Papiro para Pérgamo. Êumenes, viu-se obrigado a expandir sua Biblioteca usando somente pele de animais, isto fez com que aperfeiçoá-se-o até receber o nome: pergaminho (Forma masculina do latim tardio 'pergamina'-segundo o Grande Dicionário Etimológico e Prosódico da Língua Portuguesa) (dados O Satélite –II Capítulo - Antônio F. Costella)..
Na verdade, foram encontrados registros de escrita em couro de animais muito antes no século II a.C, encontrados na Pérsia por Ctesias em 401, mas foi Pérgamos quem aperfeiçoou a técnica para receber a escrita. (Segundo Anônio F. Costella).
A Europa passou a usar, além do Papiro, o Pergaminho que, mesmo sendo mais caro, serviria durante séculos e seria seu único material de escrita apartir do século VIII, quando o bloqueio árabe do Mediterrâneo fez desaparecer o comércio do Papiro (dados O Satélite –II Capítulo - Antônio F. Costella).
Figura II - Pergaminho - Imagem: imwaustin.com.br
Na China os livros eram feitos com conchas e cascos de tartaruga e posteriormente com bambu e seda. Estes dois últimos antecederam a descoberta do papel. Os Maias e os Astecas guardavam seus livros de matemática, astronomia e medicina em cascas de árvores, chamadas de "tonalamatl".
Imagem III - Parte de casco encontrado na China. Fonte: CSF
Os primeiros moinhos papeleiros europeus localizaram-se na Espanha, em Xativa e Toledo (1085). Ao mesmo tempo via Sicilia ou Palestina, o papel foi introduzido na Itália. Depois em 1184 chegou a França e então lentamente outros países começaram a estabelecer suas manufaturas nacionais. Na América foi introduzido pelos colonizadores e no Brasil em 1809. A sua produção se deu desde então a nível industrial.
Imagem IV - Moinho Papeleiro - Imagem: Blogger Bola Mágica .
Imagem V - Tablete de argila mesopotâmico. Foto: The British Museum
Imagem VI - Tonalamatl (Escrita em casca de árvore) - Fonte Naturlynk
Imagem VII - Papel feito por meio de polpação de redes - Fonte Bookes
A palavra papel é originária do latim "papyrus". Nome dado a um vegetal da família "Cepareas" (Cyperua papyrus). A medula dos seus caules era empregada, como já referido, pelos egípcios, há 2 400 anos antes de Cristo. Os chineses foram os primeiros a fabricarem o papel como o atual. Por volta do século VI a.C. os chineses começaram a produzir um papel de seda branco próprio para pintura e para escrita. O papel produzido após a proclamação da invenção, diferenciava-se desse, unicamente pela matéria prima utilizada.
A maioria dos historiadores concorda em atribuir a T'sai Lun, um oficial da Corte Imperial Chinesa (150 d.C.) a primazia de ter feito papel por meio de polpação de redes de pesca e de trapos e mais tarde usado vegetais. Esta técnica foi mantida em segredo pelos chineses durante quase 600 anos. O uso do papel estendeu-se até os confins do Império Chinês, acompanhando as rotas comerciais das grandes caravanas. Até então a difusão da fabricação do papel foi lenta. Tudo parece indicar que a partir do ano 751 (d.C), quando os árabes, instalados em Samarkanda, grande entreposto das caravanas provenientes da China, aprisionaram 2 chineses que conheciam a arte do papel e a trocaram pela sua liberdade. Dai então foi possível a quebra do monopólio chinês com o início da produção de papel em Bagdá (795 d.C.). A partir daquele momento a difusão do conhecimento sobre a produção do papel artesanal acompanhou a expansão muçulmana ao longo da costa norte da África ate a Península Ibérica.
No fim do século XVI, os holandeses inventaram uma máquina que permitia desfazer trapos desintegrando-os até o estado de fibra. O uso dessa máquina que passou a chamar-se de "holandesa", foi se propagando e chegou até os nossos dias sem que os sucessivos aperfeiçoamentos tenham modificado a sua idéia básica.
Imagem VIII- Máquina Holandesa de papel - Imagem: Portal São Francisco
No fim do século XVIII, a revolução industrial amenizou a constante escassez de matéria prima para a indústria de papel e aumentou a demanda criando um mercado com grande poder de consumo. Em fins do século XVIII e princípios do século XIX a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira.
Apenas em 1719, o francês Reamur sugeriu o uso da madeira, em vez dos trapos, pois existia uma forte concorrência entre as fábricas de papel e a indústria têxtil, o que dificultava a obtenção e encarecia a principal matéria prima usada na época: o algodão e o linho.
Ao observar que as vespas mastigavam madeira podre e empregavam a pasta resultante para produzir uma substância semelhante ao papel na contrução dos seus ninhos, Reamur percebeu que a madeira seria uma matéria prima alternativa. Mas apenas em 1850 foi desenvolvida uma máquina para moer madeira e transformá-la em fibras.
As fibras eram separadas e transformadas no que passou a ser conhecido como "pasta mecânica" de celulose. Em 1854 é descoberto na Inglaterra um processo de produção de pasta celulósica através de tratamento com produtos químicos, surgindo a primeira "pasta química". A partir daqui, a indústria do papel ganhou um grande impulso com a invenção das máquinas de produção contínua e do uso de pastas de madeira (dados Portal São Francisco).
Imagem IX - Máquinas de Fabricação de Papel apartir da madeira - Imagem: Portal São Francisco)
Há aproximadamente 15, 20 anos é que no Brasil, artistas plásticos vêem resgatando e difundindo as técnicas de produção do papel artesanal (dados http://robertosales.br.tripod.com/interest.htm)
Imagem X - Papel feito hoje com a madeira principal matéria prima - Imagem: Wiki 2 Buy
A invenção do jornal foi um dos principais marcos da comunicação, o jornal era (e ainda é hoje), uma forma de informar atividades do cotidiano com fatos e relatos dos acontecimentos atuais informadas com freqüência e com variedade de assuntos. O primeiro jornal impresso que se tem registro foi por volta de 1600 por meio da Tipografia. Antes disto há registros de jornais manuscritos.
Após a impressão Tipográfica do jornal ele começou a tornar-se cotidiano, com várias páginas e hoje temos acesso eletrônico a ele. O que faz o jornal ser tão popular é a sede por conhecimento, a curiosidade e a necessidade de manter-nos atualizados desde os primórdios. Um dos maiores exemplos disto é "O Jornal do Poste" de São João Del Rei, Minas Gerais. Em 1º de outubro de 1958, João Lobosque Neto, começou a fazer impressões de jornais em carbono e a fixá-los nos locais mais movimentados da cidade diariamente. Muitos que liam seus jornais tornaram-se apreciadores de suas idéias e caiu no gosto popular, desta forma o jornal passou a ter várias edições, diferentes e com mais freqüência. Ele usava as notícias dos rádiosdurante as madrugadas para manter-se sempre atualizado e com variedades. Isto acabou colocando jornais do Rio, Belo Horizonte e São Paulo em segundo plano, pois só chegavam as ruas após o almoço, aumentando os leitores do Jornal O Poste. A prefeitura e o Poder Judiciário passaram a postar seus editais nele periodicamente. Ele não era tipografado, fora seu logotipo, ele era datilografado e as manchetes escritas à mão com tinta hidrográfica. Apesar do criador do jornal ter morrido, o jornal continua em circulação, sob novo proprietário e estimulou o aparecimento de novos jornais (como ele) datilografados em São João Del Rei.
Seguindo esta mesma linha podemos citar as publicações romanas que usavam murais para manter as pessoas atualizadas com assuntos políticos e religiosos retratando fatos e denúncias.
Se trouxéssemos para os dias de hoje, estas publicações definir-se-iam por protestos fixados durante as madrugadas não ficcionando fatos mas retratados na sua forma "nua e crua" expressado suas visões, como vemos em planfetagens por extremistas, apolíticos, movimentos idealistas e por contra partida pelos principais atingidos que certamente se engajariam em um processo de reversão dos fatos para defesa.
Fonte
Comunicação – Do grito ao Satélite – Antônio F. Costella – 5º edição.
Nos primórdios da existência da espécie humana (primatas) na terra, sentiram a necessidade de viver em pequenos grupos, a escolha pelos membros deste eram feitas por semelhança entre eles e desenvolveram formas de comunicação para necessárias para que houvesse um certo entendimento, apesar de seu cérebro rudimentar.
A primeira forma conhecida foi através de gestos, ruídos, posturas e pulos (cerca de 90 mil anos atrás) como vemos retratada (como exemplo) no filme "Uma Odisséia no Espaço", os mais fortes ou com movimentos mais bruscos, grunidos mais fortes garantiam a sobrevivência da espécie.
Seguindo a mesma linha, podemos ver o momento em que a necessidade incentivou uma nova descoberta como forma de defesa (assim como aconteceu com o desenvolvimento de uma forma de comunicação) usando recursos naturais, começaram a usá-los para fazer utensílios de uso cotidiano e armas para caça e pesca e passando para os outros membros do grupo sua utilidade e forma de uso, surgindo assim uma nova forma de comportamento e assim um novo estilo de vida, a comunicação humana.
A comunicação gestual e com grunidos passou a ser insuficiente então eles começaram a balbuciar sílabas surgindo as primeiras palavras (cerca de 35 a 40 mil anos atrás) e em seguida a fazer desenhos representando seus desejos e inquietações (ainda sem grande palavras, passaram a ser escritas em papiro (escrita na planta), por pergaminhos (couro de animais) até chegar ao papel *(figura 2.1-2.2-2.3-2.4). Esta foi a grande revolução e evolução, com o poder da compreensão tudo ficou mais fácil e fomentou a curiosidade para novas descobertas. Poder pensar e trazer a tona seus conhecimentos, registrar fatos sem precisar memorizar tornou-se rotina e a evolução acelerada. Novas formas de conforto (casas, sistemas de coleta de água, captação de luz... figura 3.1), de transporte (a descoberta da roda e primeiros veículos de transporte figura 3.2) surgiram a partir daí.
Figura 2.1
Figura 2.2
Figura 2.3
Figura 2.4
Figura 3.1
Figura 3.2
Com o passar dos anos a necessidade de sobrevivência tornou-se secundária, uma busca por uma melhoria na qualidade de vida tornou-se necessária, houve uma evolução no pensamento devido a tão aguçada curiosidade, começaram questionamentos sobre todas as coisas, assim facilitando ainda mais a evolução. Um forma de comunicação que facilitou que grande número de pessoas fossem informadas em menor tempo e com custos mais baixos foi a descoberta da Tipografia (Guttemberg – 1445), marco na evolução da comunicação social (Figura 4.1).
Figura 4.1
Com as informações mais perto de forma dinâmica, a comunicação começou a tomar novos rumos, surgiram os primeiros grupos de empresas da comunicação livresca e impressas (jornais – primeiro exemplar 59 A.C e revistas)(início século XIX), que tinham o intuíto de informar sobre acontecimentos sociais e políticos, mesma função que tem hoje (figura 5.1).
Figura 5.1
Surgiu no século XVIII, com o objetivo de transmitir mensagens de um ponto ao outro com mais eficácia e rapidez, os primeiros telégrafos que usavam códigos para transmitir de um ponto ao outro em forma de código Morse. Em 1830 surgiu o primeiro Telégrafo elétrico que se tornou principal meio de comunicação entre XIX e começo do século XX até a invensão do telefone (por volta de 1860), chamou-se de telégrafo falante e o telégrafo passou a ser usado em segundo plano e somente em alguns casos (imagem 5.2, 5.3, 5.4).
Figura 5.2
Figura 5.3
Figura 5.4
O homem conseguiu ir mais além na sua inovação, a invenção do rádio com sua primeira transmissão datada de 1.900, e ao contrário do jornal, as ondas de rádio tinham mais alcance e velocidade que foram evoluindo com o passar dos anos, com designer mais modernos (imagem 5.5, 5.6).
Figura 5.5
Figura 5.6
A próxima descoberta foi a televisão, em 1924. Era a mistura de revistas, jornais e o som do rádio, imagens se movimentando com sons, revolucionando os meios de comunicação mais uma vez que com o passar dos anos também foi mutando-se ganhando características mais modernas para melhorar a qualidade de imagem e facilitando seu transporte, dentre outras coisas (figura 6.1, 6.2).
Figura 6.1
Figura 6.2
As impressões em formas mecânicas, cruzando espaço e tempo começaram uma nova era, a era da Tecnologia da Informação. É nesta era que surge o primeiro computador (1943), gigantesco, ocupava um grande espaço mas com o tempo também foi se modelando até o surgimento do micro computador (imagem 7.1, 7.2) e com cada vez mais funções até chegarem ao computador portátil, em 1969 foi desenvolvida a internet, seu fim era militar para passar informações entre os militares do EUA, chamada de ArpaNET (imagem 7.3) somente em 1971 ela passou a ser usada por acadêmicos e professores e passou a ser denominada Internet. Ela tornou-se popular recentemente em 1990 e em pouco tempo tornou-se indispensável como fonte de conhecimento e comunicação social e diversão em modelos cada vez mais modernos (imagem 7.4). E se esta não existisse hoje estaria eu submersa em pilhas de livros em busca de informações, mas com um "clic" o mundo abre-se em nossa frente.
Imagem 7.1
Imagem 7.2
Imagem 7.3
Figura 7.4
*O papel foi descoberto na China há mais de dez séculos, chegando a Europa só no século XII. (Dados retirados da Wikipedia)